quarta-feira, 30 de maio de 2012

Meme atual de um Alien

Vivi até hoje para receber meu segundo meme! Uma das melhores sensações que tenho é quando alguém lembra de mim. Sou dessas. Obrigadíssima, Carolina. Aproveitando a alegria que você me deu, ao me indicar, preciso salientar que adoro o que você escreve e compartilha com o mundo. Indico de todo o coração esse sweet blog.

Pois bem, o meme é bem curtinho. Só precisei preencher as lacunas sendo coerente comigo mesma. E, infelizmente, o momento não está dos mais jocosos. Optei por manter as mesmas frases, não por preguiça, mas por serem bem generalistas e, por isso, mais rápidas de serem respondidas. Também adicionei algumas fotos que ilustrassem as frases.

REGRAS
  • Completar todas as frases.
  • Repassar o meme para 5 pessoas e avisá-las sobre.
  • Ao repassar as frases, você pode optar por manter as mesmas ou inventar outras.

{Frases}
01) Sou muito _____________________.
02) Eu não suporto ___________________.
03) Eu nunca ________________________.
04) Eu já ___________________________.
05) Quando criança, eu _________________.
06) Neste exato momento, eu quero mesmo é _________________.
07) Eu morro de medo de _______________________.
08) Eu sempre __________________.
09) Se eu pudesse, ______________________.
10) Fico feliz quando _________________________.
11) Se pudesse voltar no tempo, eu ____________________.
12) Adoro assistir a ____________________.
13) Quero aprender _______________________.
14) Eu preciso ________________________.
15) Não gosto muito de ___________________. 

{Minhas respostas}
01) Sou muito imatura.

Essa fotografia foi um autorretrato kinda ugly

02) Eu não suporto surpresas ruins.
03) Eu nunca achei que sofreria tanto por culpa de pessoas queridas.
04) Eu já fiz um monte de besteiras.
05) Quando criança, eu era uma das pessoas mais felizes de todo o mundo.

Essa aqui foi mamãe ou papai que tirou. Olha o tamanho dos dentes de um Alienzinho, haha. Meu cabelo era enorme! E essa franja cortada toda errada? Vibe hipster aos 6 anos, do you know?

06) Neste exato momento, eu quero mesmo é superar problemas da melhor forma possível.
07) Eu morro de medo de perder pessoas importantes por fatos desimportantes.
08) Eu sempre quero tentar resolver as coisas.
09) Se eu pudesse, faria tudo ficar bem.
10) Fico feliz quando as pessoas lembram de mim de uma forma amável.

 Foto tirada por Allan.

11) Se pudesse voltar no tempo, eu não teria me envolvido com um monte de gente insignificante que me fez sofrer. 
12) Adoro assistir a filmes que criam novos pensamentos na minha vida, nem que sejam só por alguns dias.
13) Quero aprender a superar os baques da vida.
14) Eu preciso de pessoas que me amem e demonstrem isso.
15) Não gosto muito de ficar parada.

{Minhas blogueiras indicadas}

Dessa vez, diferente do meu primeiro meme, tive que fazer uma forcinha para uma seleção de apenas 5 blogueiras. Apesar de existirem mais, resolvi listar as meninas abaixo, e digo o motivo logo em seguida. Olha só quem são:
  • Isabella. Essa garota desenha, cria roupas, marca-páginas, quadros, pulseirinhas e ainda ensina para a gente! Também escreve o que sente e é engraçada. Gosto da Isabella. Ah, ela tem uma lojinha, viu? E o nome do blog dela é, por si só, uma felicidade: Strawberry Fields. Eu completaria com Foreveeeeer.
  • Gabriela. Escreve muito! Desde contos a postagens de fotografias e o que quiser, e é isso que eu amo na Gabriela. Um destaque são as descrições dos marcadores. Sempre acho genial (e engraçado).
  • Roberta. Gosto muito da forma como essa menina escreve, de um jeito tão maduro e bom de ler, inteligente, sagaz. As resenhas que faz de livros e filmes são muito ricas. Não tenho certeza de que ela participará desse meme, não vi nada parecido e, por isso, talvez o conceito do Brisa de Palavras não comporte esse tipo de postagem.
  • Camila. Comecei a lê-la recentemente. A sonoridade do nome do blog é deliciosa, Não me mande flores, e o motivo é melhor ainda. Segundo Camila, é para incentivar o incomum, o original. A autora é daquelas que adoram dividir dicas bem legais sobre assuntos interessantes. 
  • Danni. Blog novo na área, meninas! E eu aposto muito em você, Danni. Simplesmente me apaixonei pelas fotografias dessa publicitária. Inclusive os  favoritos do meu flickr estão repletos das fotos dela. 

Espero que vocês gostem da experiência de saber as próprias respostas que completam aquelas quinze indagações. Como vocês devem ter percebido, estou passando por maus bocados. Uma coisa boa nisso tudo é que a inspiração para criar histórias melancólicas e desafortunadas vem à tona, e os contos começam a reaparecer (tem que ver o lado positivo de tudo, não é mesmo?). 

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Sobre setenta e duas fotografias alienígenas

Quando você gosta de algo, e se compromete, você consegue alcançar os objetivos preconcebidos. Pelo menos essa é a conclusão que eu tiro acerca do andamento do meu projeto fotográfico.

Por incrível que pareça, o desejo de chegar às 365 fotos, em 1 ano, continua de pé. Se eu não for atropelada até lá, acho que consigo, pois apesar de dar um pouco de desânimo naqueles dias cheios de deadlines, há uma beleza tão grande em fazer o que te faz bem que, mesmo morta de cansada, suspendo os 560 gramas da bebê profissional, se estiver em casa ou local seguro, ou tamborilo nos dedos, com facilidade, a menorzinha das duas criadoras de imagem que tenho, com atenção para não ser assaltada em Recife - algo, infelizmente, bastante comum.

É interessante você, depois de algum tempo, visualizar a evolução do seu trabalho. Nesse caso específico, pude perceber que quase cancelo o projeto por vergonha de não ter me empenhado em alguns momentos. Para mim, a dificuldade do projeto é o comprometimento de fotografar diariamente (pelo menos essa foi a promessa que fiz a mim mesma, não quero quebrar), e por isso, nem todas saem do jeito almejado. Umas eu publiquei quase morrendo, tudo em respeito ao conceito do carpe diem fotográfico.

Decerto gostei de algumas, afinal, o projeto ainda está rolando, e por meio das que apreciei, aprendi um pouco mais sobre mim mesma. Percebi as cores que mais enchem meus olhos de beleza, as composições que acho bem feitas e minha paixão paradoxal tanto por simetria, quanto por desordem total. 

Houve, ainda, a percepção da vantagem impagável de imaginar um mini filme da minha vida. Vendo as setenta e duas fotografias alienígenas, tive impressões dos acontecimentos que achei importante no decorrer do dia, na hora em que tive que escolher qual foto publicar.

Por enquanto é só. Continuo lendo as Dicas de Fotografia, estou fazendo umas pesquisas para comprar livros práticos e de leitura simples e dinâmica sobre o assunto, e sempre que dá, tento trocar uma ideia com amigos que se interessam por isso. A Gabe, por exemplo, é uma estudante de fotografia fofa que às vezes manda uns materiais bem legais para meu e-mail. 

Fiz uma seleção de quase três meses do projeto, e das 72 fotos, 27, as que mais gosto, aparecem aí embaixo. Dividi em categorias e não há ordem cronológica:

Shows

Em menos de três meses, assisti ao ensaio de um célebre pernambucano talentosíssimo e, de quebra, vivenciei o espetáculo de um Beatle. Fase sortuda!

 {2}
 {41}

Céu

Fico arrepiada com a natureza, em especial com aquele espaço acima do horizonte. Essa minha fase bucólica é recheada de onomatopeias como oh! e ah! que antecedem as fotografias. Geralmente acontece assim: estou absorta em minhas tarefas e, do nada, o céu arrebate meus olhos e eu percebo que o mínimo que posso fazer, além de contemplar aquela paisagem singular, é roubar um pouco do momento e compartilhar no mundo virtual (e, em breve, no meu quarto, quando eu revelar). 

 {24}
 {33}

Comida (ou o expressivo neologismo: "nhamy!")

Eu amo comer. Grande parte da minha grana vai para as refeições sagradas. Eu não tenho muitas fotografias boas relacionadas a essa categoria, pois é difícil se concentrar fotografando o antes, já que a minha barriguinha começa a se irritar com a demora do processo.

 {4}
 {53}

Gente

Eu gosto de gente. Gosto mais ainda de quem gosta de mim. Pode parecer estúpido, mas esse trecho em itálico é o início de conversa que tenho sobre essas fotos. Foram escolhidas pela estética e pelo calor do momento da fotografia. Acredito que fotos podem captar não apenas imagens, mas também sentimento. E foi isso que tentei demonstrar. Eu amo todas essas pessoas exatamente no momento dessas fotografias. Fui feliz com elas. O presente, no entanto, não condiz com todas as fotos. E essa inconstância é a premissa da vida. O que nos resta é viver, right?

Ah, através dessas fotos, percebi que gosto de fazer cortes na hora de captura. Uma testa, um olho, uma orelha ou um nariz acabam saindo da composição da foto pelas minhas mãos magricelas.

{51, 36, 12, 16, 21 e 9, seguindo a ordem da esquerda para a direita}

Coisas/sensações que gosto

Gosto do cinema e a magia transcendental trazida por ele. E essa foto (confesso ter sido a que mais gostei das que tirei) só foi possível pelo motivo de eu ter uma mania meio besta: ser a última a sair, de toda sessão. Nesse dia, assisti a Hugo, de Martin Scorsese, filme bastante premiado no Oscar 2012. Dois, dos cinco prêmios, foram de Melhor Fotografia e Melhor Direção de Arte.
Relógios que não apenas dizem as horas, mas também são bonitinhos;
O frio que a chuva traz, e a beleza das gotinhas;
Ganhar presentes feitos à mão;
Ler, de preferência no friozinho, um livro atraente.

 {54}
  {35}

Autorretratos

Para mim, são os mais difíceis. Como ainda não tenho tripé, complica bastante. Utilizo CDs e livros para deixar a câmera mais alta, mas corro o risco de ser atrapalhada e derrubar tudo. Ativo o timer em 10 segundos e faço a pose que pensei. Tranco a porta do quarto para ninguém entrar de supetão e eu parar, por ficar com vergonha, haha. A maioria das fotos foram tiradas à noite (único horário em que estou relativamente livre). Estranhamente gostei um pouco dessas:

 {37}
 {38}
 {47}
 {66}
  {72}

E vocês, também estão envolvidos em algum projeto?

Post scriptum: Todos os dias lidamos com críticas, e isso é normal, é para nos ajudar a melhorar. Mas aprendi a lidar com os haters há pouco tempo: não importa o que você faz, eles continuarão hostis. Veja a dica do gatinho:


quinta-feira, 17 de maio de 2012

6 razões para perder a cabeça

Veja como é simples, em apenas seis etapas, perder as estribeiras:

  1. Ser quase atropelada duas vezes em um mês, uma vez por um carro e outra por uma moto, já que motoristas e pilotos não aprenderam o significado do sinal vermelho ou da importância da utilização da faixa de pedestres pelos pedestres;
  2. Sentir a indiferença de coleguinhas queridos sem motivos aparentes;
  3. Andar de ônibus e sofrer com bolsas na cara (enquanto senhoras passam ao seu lado), esfregões de senhores (necessidades masculinas), desconhecidos dorminhocos que se apoiam em você, além dos espertos que furam aquela fila que nasce em 2 segundos e morre em 1,5, quando alguém maior que você passa na sua frente (imaginem um Alien magricelo);
  4. Atender 9 vezes, em um mesmo dia, pessoas que ligam errado para sua residência. Foram 9 pessoas diferentes;
  5. Ficar atrasada em uma análise muito importante, feita por meio de mais de 50 slides, já que o ppt trava a cada dois minutos de uso, e;
  6. Morar, nos finais de semana, em um local praticamente sem internet, com pernilongos famintos e longe da cidade.
Essa era a lista que eu estava maquinando na minha cabeça, nos últimos dias. Ontem aconteceu o fato do recente quase atropelamento por moto, além de um rapaz cansado que praticamente deitou em mim, enquanto eu lia desassossegadamente "A cidade Sinistra dos Corvos", 7º livro de Desventuras em Série.

Cheguei em casa daquele jeito rebelde, sem muito cuidado com as portas e, por isso, fazendo estardalhaço com grades e cadeados. Murmurei um "olá" daqueles que querem dizer, na verdade, "me deixem", e liguei o botão no automático, tomando banho, jantando e me organizando para dormir sem pausas para conversas ou chiados. 

Quando estava decidida a fechar a porta do quarto e me trancar com os maiores problemas do mundo, papai chamou com uma indagação: "Alien, quantos anos você tem?".

Em segundos entendi a piada (apesar de que ele realmente poderia estar em dúvida, pois papai tem quatro filhos e às vezes troca um nome pelo outro) e, sem muita vontade, me arrastei para a sala, encontrando e me encostando com carinho no engraçadinho perspicaz.

"Vinte e um anos, pai. E já estou quase velha. O que foi?".

Como eu esperava, ele começou a me dar conselhos para aplacar o estresse que eu vinha sentindo, após ter perguntado o que me causava tanta ansiedade. Expliquei alguns pontos da lista supracitada, e ele sorriu. Deu o exemplo mais verossímil que poderia: ele mesmo, e então eu comecei a escutar mais atentamente. 

Meu pai sempre foi um cara muito estressado, a despeito de ser engraçado e carismático. Geralmente o trabalho o deixa muito impaciente, apesar de claramente existir uma paixão pelo que faz. Dorme tarde e trabalha muito, toma diversas xícaras de café por dia e continua sendo o pai mais belo da face da Terra, aos 40 anos: imagine uma mistura de Brad Pitt e Marcello Antony (filha coruja). Hoje ele é mais tranquilo, ou pelo menos luta para ser, pois sabe que estresse não melhora a vida em canto nenhum, pelo contrário, diminui a qualidade.

A razão pela qual eu não deveria perder a cabeça se mostrou de uma forma simples, através das palavras de papai.

Em suma, apesar de todas as aversões e infortúnios que se abatem contra nós, temos sempre outro dia para reverter as situações que nos chateiam, e quase nos fazem perder um ou outro neurônio. Para cada desventura, uma solução há de surgir. É como um equilíbrio natural, parecido com uma citação que vi de Jung: "A vida acontece no equilíbrio entre a alegria e a dor". 

Partindo da premissa de que sempre teremos uma nova chance de resolver os problemas, e também de que um dia morreremos (meros mortais), está aí, diante de você e de mim, o presente, para mudarmos e criarmos a maior diversão que alguém um dia já viu. 

Fincando mais os pés no chão e sendo realista: com persistência, podemos modificar as infelicidades. O tamanho da vontade da felicidade que queremos pode ser influenciado por experiências ruins. Logo, esses odiados momentos também nos ensinam.
Expressão nordestina "Deixe de pantim": deixe de frescura, deixe de besteira. 
Fonte.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

O curioso olhar de Amy

Vocês já devem ter visto a notícia das belíssimas fotografias de Amy Hildebrand. Se você pesquisar no Google (queridíssimo de todo santo dia), vai achar diversos sites que recorrem ao seguinte título: "fotógrafa cega registra uma foto por dia" ou afins. Achei muito sensacionalista.

A história dessa americana de Ohio é emocionante e bastante vívida. Gostaria de humildemente me arriscar, contando o início dela (já que Amy está firme e forte nesse mundo) de forma um pouco mais detalhada e menos seca que as notícias que vi há um tempo.


Por causa de sua condição genética, Amy nasceu cega, e os médicos já trataram de entregar aos pais uma lista de coisas que ela nunca poderia fazer na vida. Essa poderia ser uma história predominantemente triste se as pessoas envolvidas quisessem dessa maneira. Mas aqueles doutores estavam errados. Por sorte, os pais de Amy também acharam isso, e buscaram todas as formas de ajuda para a filha albina. 

Ao longo de sua infância e adolescência, as visitas aos médicos ousados e cheios de vontade de fazê-la enxergar, deram resultados incríveis para quem não via nada. Por meio de tratamentos e cirurgias, ela foi capaz de enxergar, mas não plenamente. Explico: sua visão é distinta. A própria fotógrafa chama de “shadow vision”, como se apenas enxergasse sombras e leves contornos. A verdade é que nunca poderíamos saber como é ter o olhar de Amy, mas ela tratou de transformar sua misteriosa visão em arte.




A deficiência visual certamente não impediu Amy de seguir o sonho de ser fotógrafa. Aos 16 anos ela começou a se interessar pelos estudos da área. O seu medo de perder algumas memórias também incentivou essa paixão, segundo esse quote:
"I became obsessed with taking photos to document things I might forget". 
Sinto-me tão próxima a Amy, também fotografo por isso (mas eu realmente devo ter algum problema neurológico, assusto-me com a facilidade de esquecimento da minha mente)!

A paixão dessa estadunidense também gera os trocados no final do mês por intermédio da empresa Best Day Ever. Um diagnóstico de cegueira, quando mais jovem, e um diploma e trabalho de fotógrafa. Não é incrível? O site tem um design muito acessível e bonito, além de ser uma fofura. Considerei um ótimo exemplo de comunicação entre prospectos desse serviço, afinal, não estão sendo vendidos produtos concretos, como refrigerantes. São fotografias, momentos, memórias, sentimentos eternizados. A comprovação disso está na frase que vem após o nome da marca (Best Day Ever): We wanna be there with you. Simples e genial. E com corações vermelhos, oun!



Há, ainda, seu projeto de 1000 dias. Ela começou em 2009 e agora está terminando. Aquele desafio básico: todos os dias fazer uma imagem - alguém, além de mim, lembrou do #365project? E quem, além de Amy, encara um projeto diário que objetiva mil fotografias no final? O resultado varia de acordo com o comprometimento com o projeto, por exemplo, nas fotografias de Amy, você consegue perceber o crescimento dos filhotes dela. Isso não é admirável? 

Bastante expressiva, Amy fotografa os momentos que vive e que sente (me identifiquei de novo, dona Amy). O incrível é que a sua forma de enxergar o mundo é aproveitada diretamente em seus trabalhos. A citação da Amy que resume isso diz:
"Nem todos os meus dias serão bons, nem todas as minhas fotos serão boas, mas elas irão me refletir".
Bom, minha querida Amy, então sua vida é fantástica praticamente todo dia, mesmo com os prováveis perrengues.






Fazer a seleção de quase mil fotos é bastante difícil para quem não tem tanto tempo (hello, everybody!) e, sobretudo, quando a maioria das fotos consegue persuadir suas escolhas e aquecer seu coração. Achei interessante a qualidade e o quanto as fotos dizem sobre os dias de Amy. De maneira decrescente, vi quase a metade do projeto, vendo até a 560º imagem.







Essa fotógrafa, mãe de Alice e Little Man (os apelidos dos maravilhosos filhotes) e esposa de Aaron (que conheceu na faculdade de fotografia, naquelas salinhas escuras de revelação, hum) virou uma espécie de exemplo vivo para mim. Mesmo com suas limitações visuais, ela conseguiu a façanha de exercer um trabalho invejável (e rentável, detalhe) que tem como premissa justamente um dos seus sentidos limitados. Aliás, acredito que limite não seja uma palavra muito usada no vocabulário de Amy. Deve estar mais presente nos laudos médicos desesperançosos.


Senti uma alegria tão grande com a história que tentei entrar em contato com ela. Escrevi um e-mail curto pois pensei que assim eu tivesse mais chance de ser lida e respondida. Elogiei o trabalho e sua paixão pela arte, e depois perguntei algo mais técnico como se ela usava algum equipamento especial para as fotos. Para minha surpresa, em menos de duas semanas recebi uma resposta delicada e meiga da artista desses retratos (destaquei em negrito alguns pontos motivadores):


Hi Aline,
No, I don't use anything special really. I guess if there is one tool I use to help aid me in my decision making during shooting it would probably be a loop. Loops are normally used to look at negatives on a light table, but I have found it useful on so many different occasions. I had to buy it back in college for my first photography class and ever since then it has been in my camera bag! 

I was born blind, but over time, with the help of doctors and surgeries, I have regained some sight, making me still legally blind, but not completely blind as I once was. I feel that I can see well, but that is purely because I know no other way! So, I have adapted to my visual condition and have learned to live around it. With my camera I learned how many clicks of the dial will take me to whichever f-stop or shutter speed I am wanting, and I am able to see the light meter within the viewfinder to know when something is correctly exposed. I guess you could say I have come up with little tricks on how to get around my condition :)

Hopefully that helped explain things more!
All the best,
Amy

Não é de se inspirar?

© Escreva carla, escreva
Maira Gall